Pelo Segundo Ano, Aeroporto De Brasília É “Primeira Classe” Em Prêmio De Sustentabilidade Da ANAC

Terminal brasiliense ficou em 3º lugar geral e recebeu selo com a maior classificação do prêmio Aeroportos Sustentáveis 

Brasília - O Aeroporto de Brasília recebeu o selo de “Primeira Classe” no prêmio Aeroportos Sustentáveis da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC). No ano passado o terminal brasiliense também havia recebido o selo que configura a categoria mais alta analisada. O prêmio avalia as ações de sustentabilidade adotadas no terminal aéreo. 

Vista aérea do pátio do Aeroporto Internacional de Brasília. (© Inframerica)

O Aeroporto de Brasília alcançou 92,04% na pontuação geral, ficando em 3º lugar na avaliação geral, atrás apenas de Salvador e Confins. Ao todo 20 aeroportos foram avaliados. 

Entre os critérios avaliados, o aeroporto teve boa avaliação em todos os quesitos: gestão de ruído aeronáutico, gestão de mudança climática, gestão de resíduos, gestão de energia elétrica, gestão organizacional, gestão hídrica e gestão da qualidade do ar local. 

A Inframerica, administradora do terminal brasiliense, conta com uma equipe de Meio Ambiente que trabalha em sinergia com as demais áreas para garantir que os projetos estejam sempre alinhados de forma a preservar a natureza. “Sempre fazemos questão de mandar os projetos que trabalhamos ano a ano para serem avaliados pela ANAC porque, além de ser um termômetro sobre as ações que tomamos aqui dentro, também é uma forma de reconhecer os nossos esforços. Estamos super contentes em receber este prêmio mais uma vez”, diz Daniela Lacerda, Gerente de Meio Ambiente da concessionária.


Ações Sustentáveis No Aeroporto De Brasília 

A Inframerica conta com uma usina fotovoltaica no sítio aeroportuário com 3.360 módulos que, por ano, geram 2 milhões kWp de energia, suprindo 7% da demanda do Aeroporto, carga esta que seria suficiente para abastecer 1.462 casas populares, por exemplo. 

Todos os dias o Centro de Controle de Manutenção (CCM) realiza o gerenciamento de consumo de energia elétrica do terminal. Um sistema automatizado monitora as principais fontes consumidoras de energia. Quando o consumo médio é atingido, um técnico é acionado para detectar a anomalia e normalizar o equipamento. A Inframerica também substitui cerca de 10 mil lâmpadas fluorescentes do terminal aéreo por lâmpadas LED, mais eficientes e sustentáveis. Outros 634 refletores do pátio de aeronaves também foram substituídos, refletindo em uma economia de 4,2% em relação ao consumo total do aeroporto, além de redução na emissão de gases poluentes. Falando nisso, os ônibus utilizados no terminal também são monitorados pela equipe de meio ambiente que controla a quantidade produzida de CO2 e lançadas no meio ambiente. 

Além dos hidrômetros que ajudam no controle da água utilizada no terminal aéreo, a água utilizada para irrigação, sistema de climatização e combate a incêndios é retirada de dois poços artesianos perfurados com autorização da Adasa. O consumo de água potável foi reduzido em 9 milhões de litros que antes eram fornecidos pela CAESB. 

O lixo produzido no terminal recebe tratamento especial. Além da coleta seletiva, todo mês são enviados para reciclagem cerca de 16 toneladas de resíduos. 

Biólogos integram a equipe da Inframerica e trabalham todos os dias no pátio de aeronaves realizando o gerenciamento do risco de fauna com ações de afugentamento para evitar acidentes por meio da colisão de aeronaves e animais. Como forma de compensação florestal, a Inframerica investiu R$ 7 milhões em revitalizações de parques e unidades de conservação do DF, e plantou cerca de 74 mil mudas nativas do Cerrado em áreas do Zoológico de Brasília e Parque das Aves. 

O Aeroporto de Brasília também instalou, em parceria com a ENGIE, 22 equipamentos de um sistema moderno e sustentável que mantém o funcionamento da parte elétrica e do ar-condicionado das aeronaves em solo. A nova tecnologia substitui os aparelhos movidos a diesel que antes desempenhavam essa função. A expectativa é que os equipamentos reduzam a emissão de cerca de 20 mil toneladas de CO2 por ano, o equivalente ao plantio de mais de 120 mil árvores, tornando a operação do Aeroporto de Brasília mais econômica e sustentável.