Luis Gallego, CEO, IAG, estima que a conclusão da compra da Air Europa possa levar no mínimo 18 meses, avança hoje o jornal “El Español”, indicando que o prazo começará quando o empréstimo de 100 milhões de euros concedido pela empresa-mãe da Iberia à Globalia for aprovado, com a opção de convertê-lo numa participação de até 20% no capital da Air Europa.
(© PressTur) |
O acordo precisa da aprovação dos bancos que viabilizaram o contrato de empréstimo com garantia parcial do Instituto Oficial de Crédito (ICO) e da Sociedade Estadual de Participações Industriais (SEPI).
Depois da aprovação, “vamos iniciar o processo de concorrência em alguns países onde for necessário e depois temos que estabelecer o calendário para chegar a 100%”, afirmou Luis Gallego, indicando que isso “pode demorar pelo menos 18 meses”.
Luis Gallego, que falava na conferência Wake Up, Spain!, disse que o acordo é “complexo”, tem “muitos atores e por isso está levando tempo”, mas defende a importância do negócio para criar um grande hub em Madrid que possa competir com os grandes europeus. O próprio continente “necessita de um grande hub no Sul”.
“O objetivo final é comprar a Air Europa como tínhamos em novembro de 2019”, rematou o CEO do IAG, citado pelo jornal “El Español”.
Outros desafios apareceram entretanto, com a inflação provocada pela guerra e o seu impacto no preço do combustível. O jornal espanhol indica que o IAG, que além da Iberia, tem a British Airways e a Vueling, tem coberturas de combustível (hedging) de 70% para o primeiro trimestre e 65% para o segundo.
Para 2023, o IAG só tem uma cobertura de 30% e “se a guerra se prolonga, o preço dos bilhetes terá que aumentar, porque o custo vai subir”, avisou o CEO do grupo.
Sobre o impacto da guerra nas reservas, Luis Gallego afirmou que, “por enquanto, as reservas para o verão ainda estão tão fortes quanto antes da situação de guerra”.