Air Europa Aumentará Sua Oferta Entre Europa E América Em Até 26% Em 2020

A Argentina foi a escolhida como o primeiro destino de sua nova classe executiva e lançará, também, rotas para Cartagena e San José

A companhia aérea Air Europa aumentará entre 25% e 26% sua capacidade em vôos que opera entre a Europa, e a América, no próximo ano, no qual lançará duas novas rotas de Madri para Cartagena e San José, na Costa Rica, a partir de abril, como o diretor geral da América da Globalia, Diego García, avançou. Com isso, juntamente com a conexão com Fortaleza que vai estrear no dia 20 de dezembro, com duas frequências semanais, e que vai para três em 2020, a companhia aérea adicionará 26 destinos entre a Europa e a América.


Esse reforço também contribuirá para a implantação do Boeing 787 em várias rotas, em substituição ao A330, com um aumento de frequências em algumas rotas e a nova classe executiva (36 lugares) que será lançada em todo o mundo, com duas primeiras aeronaves na Argentina, destino escolhido para liberar a nova cabine.

Especificamente, a partir de outubro irá substituir o A330 pelo 787-8 a caminho de Iguazú, em novembro, e irá introduzir esta aeronave nos seus vôos para Buenos Aires; e abril, será em Córdoba, onde a companhia aérea, também, acrescentou uma quinto frequência. Desta forma, unificará a frota de todos os seus vôos na Argentina (Iguaçu, Buenos Aires e Córdoba).

A Air Europa destaca que essa estratégia de troca de aeronaves permite redução de custos, melhor atendimento ao passageiro, e acima de tudo, contribui para uma taxa melhor para a maior capacidade de negócios.

Na rota para a Argentina, a ocupação de classe executiva foi de 85%, por isso escolheu a rota para Buenos Aires como o primeiro destino. Nas rotas para o Panamá e Colômbia, inauguradas no início de junho, a ocupação média, de Medellín, em agosto, atingiu mais de 90%, enquanto no Panamá está em 94%.

Também no Brasil introduzirá o 787-9, em abril, na rota para São Paulo, enquanto na rota para El Salvador substituirá o A330 pelo 787-8, com as mesmas três frequências semanais. Além disso, o A330 da rota de Nova York mudará para 787-8, em março, assim como em Montevidéu (Uruguai) e Santa Cruz de la Sierra (Bolívia).

Na nova companhia aérea que o grupo vai criar no Brasil para operar vôos domésticos nesse mercado, e na possibilidade de ser uma companhia aérea de baixo custo, a gerente lembrou que o plano de negócios ainda não está definido. A Air Europa contratou um consultor para desenvolver um estudo de viabilidade que espera receber até o final de agosto. De lá, "decisões serão tomadas".


Chile E México; Destinos Prioritários

Entre os destinos pendentes, o Chile e o México são “mercados prioritários” para a companhia, embora os aviões disponíveis sejam obrigados a operar no país em vista do crescimento atual. Em qualquer caso, seu desembarque em Santiago do Chile não é esperado até 2021 e para a Cidade do México, ainda não há data.

"Abrimos as rotas em junho, no verão europeu, porque nosso principal tráfego vem da Europa", explicou o chefe da companhia aérea, nos Estados Unidos, em uma reunião com jornalistas - onde atualmente, 56% dos passageiros gerados nesse mercado vão além de Madri, e usam seu 'hub', um modelo que dá “mais capilaridade na distribuição de conexões” a qualquer problema.

Questionado pela situação econômica na Argentina e seu possível efeito na queda da demanda, García assegurou que o argentino viaja muito para a Europa, embora não se descarte um declínio nesse mercado, sua previsão é que “continue a puxar "

García justificou a alta troca de tráfego no segmento corporativo que cruza o Atlântico para investimentos existentes na Argentina de países como Itália, Espanha, Israel, Alemanha e Reunido Unido, e explicou que eles oferecem promoções para voar para a Europa - da Argentina, Brasil ou Colômbia, através de financiamento parcelado, sem juros, para estimular a demanda.


Ganhar Quota De Mercado

No entanto, a Air Europa tem uma participação de 9% de passageiros entre a Europa e a América. Ele também assinou uma joint venture com a Air France-KLM, que entrará em vigor previsivelmente no próximo ano, e isso permitirá que as três companhias aéreas cresçam em dois dígitos. Sua estimativa é de um aumento de 19% na cota. "Isso nos tornará o principal operador entre a Europa e a América do Sul e Central, excluindo os EUA", disse ele.

O executivo também acrescentou que o grande volume de viajantes de negócios que movimenta o grupo franco-holandês contribuirá para sustentar esse crescimento. De fato, a Air Europa aumentou o número de viajantes corporativos de janeiro a julho em 76%, o que influenciou a frota de Dreamliners.

"Esperamos que os novos negócios, que serão incorporados além da Argentina, São Paulo, Córdoba, Assunção e Iguazú, também em Miami, nos permitam um impulso muito grande para continuar crescendo para dois dígitos", afirmou.

A Air Europa terá 28 aeronaves Dreamliner de longa distância, em 2023. Seu plano é abrir rotas na América, e com a Europa, para equilibrar o equilíbrio entre os dois mercados. Quanto aos 22 aeronaves 737 MAX que a companhia aérea encomendou, um modelo suspenso desde meados de março, da qual a Boeing planeja retomar as entregas no primeiro trimestre, "a discussão ainda está na mesa".

A companhia aérea espera receber este ano os dois primeiros, remarcados até março, o que "terá suas conseqüências", admitiu Garcia. Mesmo assim, ele esclarece que sua exposição é menor, comparada às empresas que já possuíam esses aviões, o que não os isenta de custos operacionais devido ao replanejamento de vôos devido ao atraso.


Internacionalização

Quanto à expansão do grupo, a Globalia está considerando ter os estabelecimentos da cadeia Be Live, na Argentina, e no Brasil, seguindo sua vocação de estender seus negócios hoteleiros onde quer que seus aviões cheguem. No entanto, o Diretor Geral de Desenvolvimento Internacional, Lisandro Menu-Marque admitiu que neste momento devido à situação econômica na Argentina "devemos ser prudentes" e que, se realizado, seria sob diferentes parceiros, e com modelos de gestão.

"Em seus mais de 40 anos de história, a Globalia nunca teve uma vocação para voltar", disse Menu-Marque sobre a possibilidade de se aposentar de alguns hotéis em destinos tradicionais que estão em baixa.

Menu-Mark sublinhou que é difícil discernir que percentagem do volume de negócios total da Globalia corresponde à atividade internacional, mas o seu padrão atual de crescimento é a internacionalização. Nessa linha, o grupo está analisando mercados como o Brasil, a Argentina ou o México, ainda sem plano concreto, para ver as possíveis sinergias que lhes permitem chegar a esses mercados também por meio da tur-operação.