ANA Airports Com Resultados Negativos Pela Primeira Vez Desde A Privatização

 A ANA Airports vai apresentar resultados negativos no ano de 2020, com uma perda de cerca de 600 milhões de euros de receitas, o que acontece pela primeira vez desde a sua compra pela Vinci em 2013, adiantou hoje o presidente da Comissão Executiva, Thierry Ligonnière.

(© PressTur)

“Pela primeira vez, em 2020 a ANA vai apresentar resultados negativos. A ANA perdeu, durante o ano de 2020, cerca de 600 milhões de euros em receitas”, disse Thierry Ligonnière, que foi ouvido esta manhã pela comissão parlamentar de Economia, Inovação, Obras Públicas e Habitação, sobre a construção do aeroporto na Base Aérea nº6, no Montijo, Portugal.

Ainda assim, sublinhou o responsável, no ano passado, em plena crise provocada pela pandemia de covid-19, a ANA investiu cerca de 76 milhões de euros na sua rede de aeroportos, nomeadamente em melhorias operacionais no Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, e no Aeroporto Francisco Sá Carneiro, no Porto.

Para o responsável, os resultados positivos obtidos nos anos anteriores deixaram a gestora de aeroportos numa situação favorável para suportar os efeitos da crise na aviação, um dos setores mais afetados pelas restrições à mobilidade, para conter a pandemia.

Os dez aeroportos portugueses geridos pela ANA/Vinci, que em 2019 tinham ficado próximo dos 50 milhões de passageiros de voos internacionais, com o impacto da pandemia de covid-19 nas viagens e turismo tiveram uma quebra de 70,5% ou 34,8 milhões nesse segmento, ficando em 14,61 milhões.

Em voos domésticos, a quebra atingiu os 65,2% ou 6,29 milhões, ficando em 3,35 milhões.

Em 2012, o Governo de Pedro Passos Coelho aprovou a venda da ANA – Aeroportos de Portugal, que era detida maioritariamente pelo Estado, ao grupo francês Vinci, que ficou concluída em 2013.

O grupo Vinci gere 52 aeroportos em todo o mundo.