Reino Unido: Ministro Aconselha Britânicos A Não Marcarem Férias De Verão

O ministro dos Transportes britânico, Grant Shapps, aconselhou nesta semana cautela aos britânicos e sugeriu que não marquem férias de Verão no estrangeiro devido à incerteza criada pela pandemia de Covid-19, motivando críticas da associação britânica de agências de viagens ABTA.

Ainda há alguma circulação entre destinos turísticos, e o Reino Unido.
“A curto prazo, em termos de conselhos de viagem sobre se devem marcar as férias, claramente as pessoas devem querer ver qual é a trajetória desta doença nas próximas semanas”, afirmou, numa entrevista à BBC Radio 4.

O ministro lembrou que, embora existam sinais de que o número de casos de contágio, e de mortes, está desacelerando no Reino Unido, ainda não começaram a decrescer claramente para que se possa antever um regresso à normalidade. “Eu não vou reservar férias de verão nesta altura”, vincou, a título de conselho aos britânicos.

A associação britânica de agências de viagens ABTA qualificou as declarações de “insensatas” e potencialmente prejudiciais para a indústria. “Foi um comentário insensato e sem base em fatos acerca do que sabemos hoje sobre o futuro da pandemia”, acusou o presidente executivo, Mark Tanzer.

Na sua opinião, "mostra total desconsideração pela indústria de viagens do Reino Unido, pelas centenas de milhares de pessoas que emprega e pelas dificuldades que está enfrentando nesta crise atual. Seria melhor que o governo se concentrasse em tomar as medidas necessárias para apoiar o setor, em vez de prejudicar a confiança”.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros britânico mantém desde meados de março um conselho por tempo indefinido contra "todas as viagens não essenciais em todo o mundo” devido à crise causada pelo coronavírus (Covid-19), mas continuam a circular aviões entre alguns destinos, e o Reino Unido, com serviços reduzidos.

O governo britânico anunciou na quinta-feira que vai prolongar por pelo menos mais três semanas o regime de confinamento obrigatório, que só permite às pessoas saírem de casa para a compra de bens essenciais, como alimentos ou medicamentos, fazer exercício, ajudar pessoas vulneráveis ou trabalhar, se não for possível fazê-lo remotamente.

Créditos & Imagem: PressTur