Reino Unido Termina Proibição De Vôos Para Sharm El-Sheikh

O Governo britânico levantou a proibição de vôos diretos para Sharm el-Sheikh, Egipto, ordenada após um atentado contra um avião russo em 2015, anunciou a embaixada em comunicado. O Governo britânico informou as companhias aéreas “que já não aconselha que se evitem os vôos em direção ao aeroporto de Sharm el-Sheikh”, indica o comunicado. A proibição foi decretada por Londres após o atentado, em Outubro de 2015, contra um avião russo que transportava veraneantes para Sharm el-Sheikh, uma estância turística no Mar Vermelho, que provocou 244 mortos.


“O Reino Unido fez saber claramente que os vôos para Sharm el-Sheikh seriam retomados quando a situação o permitisse”, considerou Andrew Murrison, ministro britânico para o Médio Oriente e África do Norte, citado no comunicado.

“Fico feliz por saber que podemos anunciar hoje o levantamento das atuais restrições”, acrescentou.

Pouco após este anúncio, os ministérios egípcios da Aviação Civil e do Turismo emitiram comunicados onde se congratulam com a decisão.

A ministra do Turismo, Rania al-Mashat, considerou designadamente que este anúncio vai recompensar “os esforços efetuados pelo Governo egípcio para garantir a segurança de todos os visitantes em cada destinação egípcia”.

O grupo ‘jihadista’ Estado Islâmico (EI) reivindicou o ataque de 2015 contra o avião da companhia russa Metrojet que transportava sobretudo cidadãos russos.

Após o atentado, Moscow também proibiu os vôos diretos para todo o território egípcio. Em Abril de 2018, a Rússia anunciou o recomeço dos vôos para o Cairo, mas não para Sharm el-Sheikh.

Em 2015, britânicos e russos incluíam-se entre os mais importantes contingentes de turistas que optavam por esta estação balnear. O atentado de 2015 teve efeitos devastadores na indústria turística egípcia, já em declínio após os anos de instabilidade política e os atentados que se seguiram à revolta de 2011 e à queda do presidente Hosni Mubarak, o golpe que afastou o seu sucessor eleito Mohamed Morsi em 2013, com o aumento da repressão, e a guerra sem tréguas que se instalou na península do Sinai.